domingo, 13 de janeiro de 2013

Capítulo 5

Everybody hurts someday.

POV – Hayley Williams
     
    Subi as escadas depressa e fui falar com Sarah. Como já tinha dito, ela não é uma pessoa de mostrar que está sofrendo para ninguém, então, se ela aparecer chorando na sua casa, é uma espécie de alerta vermelho. Ela realmente precisa de ajuda. Abri a porta do meu quarto e vi Sarah sentada na cama, com os olhos inchados e vermelhos. Sentei-me ao seu lado e encostei sua cabeça em meu ombro, abraçando-a e dizendo coisas como “em breve tudo ficará bem”. Mas a verdade é que eu não acreditava nessas palavras. Os pais de Sarah estavam tendo brigas constantes desde o começo do ano, geralmente por causa de ciúmes.
     - Ele estava com outra, Hayley! Ele estava com outra no escritório dele! – disse ela aos prantos. – Por que ele fez isso? – na hora que fez a pergunta, ela começou a soluçar.
     - Talvez os seus pais não estivessem felizes no casamento, Sarah. Às vezes o amor se desgasta. Às vezes o amor é confundido com outro sentimento, e demora muito tempo para perceber que não era amor, e sim apenas uma amizade – respondi.
     - Mas não tinha necessidade de uma traição! Se ele não sentia mais esse amor pela minha mãe, que ele contasse para ela! Que eles fizessem uma terapia de casal! – disse ela, ainda mais nervosa.
     - Sarah, se acalme, okay? Tudo vai ficar bem, talvez a sua mãe perdoe o seu pai. Talvez eles continuem juntos! – falei. Talvez essas palavras positivas a animem.
     - Eu só... Eu acho que dessa vez ele não volta para casa, Hayles – disse ela. O choro cessou, mas ela está com um rosto abatido e continua nervosa.
     - Okay, você quer alguma coisa? Água, sanduíche, suco, fruta, refrigerante, sorvete? – comida sempre alegra as pessoas, esse é o meu lema.
     - Sorvete!
     Desci, fui até a geladeira, peguei o pote de sorvete de flocos e duas colheres. Sim, nós vamos tomar sorvete direto do pote, problema? Somos duas adolescentes, uma apaixonada e a outra magoada. Isso significa que nós acabaremos com o pote de sorvete em aproximadamente 10 minutos. Também peguei o DVD de “Querido John” e subi as escadas, mas dessa vez com mais calma que o normal, porque quando você é desastrado e está com comida e coisas que quebram na mão, é bom tomar cuidado.
     Entrei no quarto, dei as colheres e o sorvete para Sarah e mostrei para ela o DVD. Ela entendeu o recado. Quando acontecia alguma coisa com uma das meninas, nós nos reuníamos na casa de uma, levávamos sorvete, salgadinhos, chocolate, pizza e outras gulodices e víamos filmes melosos, cantávamos e dançávamos e depois falávamos da nossa situação, não necessariamente nesta ordem. E posso dizer que não há terapia melhor do que essa.
     - Quer que eu ligue para elas ou você faz isso? – perguntei para Sarah, mas não foi necessário, porque ela já estava no telefone.

     - Então qual é a emergência? – disse Dakotah, que veio junto com Katt. – Sarah me ligou e disse para vir pra cá rápido.
      - Meus pais, Dak. Eles brigaram de novo e pelo visto meu pai traiu minha mãe com alguma vadia. Ele saiu e levou uma mala, e ela disse para papai que ele “fez o melhor para me mostrar amor, mas ele não sabe o que o amor é” – disse Sarah. Ela já tinha parado de chorar, mas toda vez que tocava no assunto, parecia que estava prestes a desabar. Não consegui evitar, quando ouvi o que Sarah falou, procurei rapidamente um bloco de papel e uma caneta, anotei a oração.
     - Hayley, o que você está fazendo? – perguntou Katt.
     - Desculpa, é que esse negócio que a sua mãe falou... Sarah, eu fiquei inspirada, me desculpe, foi um péssimo momento, eu sei – falei. Nossa, eu sou uma péssima melhor amiga. Fui ter um acesso de inspiração sobre um problema dela.
     - Quando você ganhar um Grammy com essa música, o prêmio vai ficar na minha casa – ela respondeu. Essa é uma das coisas que eu amo na Sarah, ela consegue fazer piada em qualquer situação, sobre qualquer coisa. – Falando de música... Quem quer ir comigo no show da Panic! At The Disco, semana que vem? – para quem não sabe a Panic! At The Disco é uma banda local que tem feito certo sucesso pela região. Não, ela não é country ou coisa do gênero, é uma banda de Rock. Sim, rock no Tennessee, um milagre.
     - Eu quero! – eu, Dakotah e Katt respondemos em uníssono. Já mencionei que meus amigos tem um ótimo gosto musical? Bem, nós temos.
      - Vai ser em Nashville, então talvez nós tenhamos que dormir num hotel, e...
      - Não precisa, Sarah. A gente pode ficar na casa do meu pai, tenho certeza que ele não vai se incomodar. Só preciso saber que dia será, pois sexta tem o show de talentos – disse animada. Vou aproveitar e dar um abraço de urso em McKayla e Erica, eu sinto falta delas. Que foi? Só por que eu amo minhas irmãs eu sou estranha? Bem, eu já disse que não sou normal.
     - Não, é no sábado. Bem, então vocês tem que falar com os seus pais e está tudo resolvido.
     - Eu só espero que você não dê uma de fã desesperada e berre coisas como “Brendon, me come!” ou “Ryan gostoso!” – falei, arrancando gargalhadas de todas na sala. Ouvi um barulho e porta e deduzi que era minha mãe.
     - FILHA, CHEGUEI! – gritou mamãe, e logo depois ela foi ao meu quarto para falar comigo, quando ela dá de cara com as meninas. – Pelo visto você está acompanhada, meninas, como estão? Sarah, por que você está com os olhos vermelhos? ‘Tá com conjuntivite? Eu tenho um colírio muito bom, e...
     - Tia Cristi, é que meus pais vão se separar... mas já está tudo bem – disse ela, agora tranquila.
     - Ah, Sarah, que pena! Espero que você esteja bem – mamãe falou. – Hayley sofreu bastante com o divórcio, mas a música ajudou bastante, foi uma espécie de válvula de escape. Espero que você ache a sua.
     - Assim espero... Bem, amanhã minha mãe falou que vai procurar um advogado e quer que eu vá junto, então eu vou faltar à escola.
     - Se precisar falar com alguém, liga pra gente, okay? – disse Dak. – Gente, tenho que ir para casa, beijos.
     - Eu vim de carro, se quiserem carona, eu também tenho que ir – avisou Katt, a única de nós quatro que já tem idade suficiente para dirigir.
     - Eu aceito a carona, minha mãe também deve estar preocupada – Sarah se levantou e me deu um abraço apertado. – Tchau!

E aí galera? Nem vou falar sobre os comentários pq é desnecessário. Enfim, como vocês devem ter visto, o blog está de cara nova. E a escrita vai melhorar. Vamos agradecer a Sarah por isso, ela é parceira do blog, é super legal, vocês conhecem ela, mas caso tenha fantasminha que não conhece, leiam as fics dela aqui. E desculpem a demora, dezembro foi um mês bem... Conturbado. Essa é a palavra. Espero que vocês gostem, terão surpresas nos próximos capítulos e... É isso, beijos com mão boba, tchau!

Um comentário:

  1. OI MEU BEM!!! Não atrasei muito dessa vez, pois não? Bem, essa é a única fic que eu não atrasei, ENTÃO SINTA-SE ESPECIAL <3
    A. Cara. Nova. Desse. Blog. MEU DEUS, O QUE É ISSO?!?!!??!?!?!?!?!?!?!? Ficou lindo e perfeito, apenas. As risquinhas no fundo fazem-me lembrar tanto uma sorveteria como o quarto da Hayley. Tudo doce, HEHEHE
    E por falar em sorvete, que bom Sarah linda está melhor <3 É terrível quando isso acontece, mas acaba por ser pelo melhor. Mais ou menos.
    Além de que adoro a terapia dessas garotas. Só uma coisinha: é impressão minha ou elas voltaram pra casa sem nem ter visto o filme? SDOFPIMDSOFIMGFSPOGIM E era um filme bom, ok, queria que tivessem assistido ISMDFPOSIGSPOMG
    Tia Cristi é do bem <3 E tou achando já que vai ter coisa nesse show, louca pra ver o que é! ^^ Para além de Brendon mega gostoso, of course PODSFMPSOIMG
    Beijão, Beccs, apaixonads, e parabéns pra Sarinha e suas boas decisões de se envolver nas fics certas (cofcofcof)
    <3

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